quinta-feira, outubro 24, 2013

O tempo passa, o tempo voa...

...e eu ainda querendo que todo mundo se foda...

Bom dia, Vietnãn!

Muita coisa mudou nesse tempo de ausência. Muita coisa boa, muita coisa ruim. O importante é: faço questão de não esquecer da minha vida, de toda a história que me trouxe até este momento chave.

Fico feliz de voltar aqui, reviver e ter a certeza de que tudo que fiz, me inventou de um jeito que nunca esperava. Continuo rabugento, continuo teimoso. Isso faz parte de mim. O que muda (ou volta) é a vontade de ter sonhos novamente, de viver e de se perder.

 Obrigado caminho certo, por não deixar eu enlouquecer.

 Obrigado caminho torto, por me mostrar onde não pisar.




Leia ouvindo | Journey - Apotheosis |

quarta-feira, agosto 20, 2008

Operação “Spartacus” – II. Nos bastidores

Enquanto isso, há exatos 11 dias da viagem, nota-se que por mais planos que faça ou que possa ler e estudar, a conclusão é sempre a mesma...

quarta-feira, maio 07, 2008

Operação “Spartacus” – I. Apresentação

Camaradas de caminhada, trago ao conhecimento de todos o mais importante projeto desse intrépido, belo, deveras inteligente, munido de incontáveis predicados que vos escreve de vez em nunca.

Dou inicio á “Operação Spartacus”. Primeiramente, como homem educado e civilizado que sou, vou contar a história de nosso homenageado.

Spartacus, como muita gente deve saber, é um filme do renomado diretor Stanley Kubrick, vencedor de quatro oscars na década de 60. Spartacus também é o nome de um antigo jornal periódico anarquista. Pode ser também o nome de um grupo revolucionário socialista alemão, fundado em 1915. Spartacus pode ser ainda o nome de um asteróide ou até título de disco de uma banda de rock. O que pouca gente sabe é: Spartacus existiu. O motivo de tanta inspiração? Para explicar esse fenômeno, precisamos dar um breve passeio pela história de seu mito.

Viveu entre 120 e 70 aC. e foi líder em uma revolução de escravos contra a antiga Roma. De origem trácia (leste da Grécia), Spartacus foi incorporado a um grupo auxiliar do exército romano e, por desertar, foi caçado, capturado e vendido como escravo. Posteriormente foi revendido e, por sua força, foi confinado em uma escola de gladiadores em Cápua, onde contraiu sua fama. Enraivecido pelos maus tratos, ele e mais alguns gladiadores atacaram os guardas da academia, fugindo logo depois. Neste meio tempo, Spartacus e seu grupo encontraram armas e iniciaram uma cruzada pela libertação no coração do império. Várias expedições romanas foram enviadas a fim de eliminar Spartacus e dispersar a rebelião porém, sem sucesso. Só algum tempo depois, já merecendo a atenção da alta cúpula, o cônsul romano Crassus venceu-o em batalha, crussificando todos os sobreviventes ao longo da Via Ápia. Relatos falam da bravura de Spartacus mesmo sabendo da derrota certa.

Com certeza, nosso colega acima era um homem de fibra. Na minha concepção, Spartacus serve como uma idéia, assim como outros heróis pessoais. O legionário que virou escravo, que virou gladiador, que virou comandante e, por fim, virou mártir. No fundo dessa trama, temos como foco a luta pela liberdade. Liberdade de pensamento, de ir e vir, de escolher, de não querer ser posse, de escolher quando dizer sim ou não. Ao longo do tempo ouvi muitos “nãos”, fui recriminado e me recriminei. Vi pessoas prenderem-se a conceitos estapafúrdios como “minha mãe não deixa” e “o que é que vão pensar?!”.

“Operação Spartacus” é o nome que dou à minha grande viagem. Não, não vou me matar, ainda tenho alguns layouts pra entregar. Nem vou comprar um quilo de drogas. A viagem que vou fazer é aquela que eu quis a vida toda: sair sem rumo pela Europa. Claro que não é tão sem rumo assim mas, não vou seguir a regra à risca. Pretendo viver com intensidade máxima cada momento, cada lugar, desatar amarras, esquecer dos “nãos”, das “mães nazistas”, do pensamento covarde de outrem, das minhas nóias.

Tenho como meta encarnar o espírito de nosso bravo paraninfo e seguir em frente, se possível, libertando outros. Afinal, que líder libertário eu seria se trabalhasse apenas em minhas correntes?

Leia ouvindo | "Brother", Alice in Chains |

segunda-feira, abril 23, 2007

Sobre medo.

Esses dias prestei atenção ao significado do “ter medo”. Do que sentimos medo? Quando crianças dizíamos temer o monstro que vive debaixo de nossas camas. Adolescentes, de que nossos amigos nos vissem em situações constrangedoras. E agora, adultos? Nós que já ultrapassamos a barreira vinteônica, muitas vezes, já contraímos tantos receios que tornamo-nos bombas relógio.

Primeiro, quando mais jovem, temia não honrar meus pais. Atentava para toda e qualquer ação, minha e dos outros. Aprendia tudo que era possível, tentava ser justo ao máximo. Muitas vezes errava, reconhecia e me desculpava. Alguns aceitavam, outros retalhavam. Um dia percebi que tinha que honrar a mim mesmo. Sendo, ainda, justo e sincero. Honra não se transfere e cada um encontra o caminho para sua própria.

Em uma fase posterior, tive muito medo de falhar em minha profissão. A insegurança era tanta que paralisava minha criatividade. Não conseguia pensar, cada problema transformava-se em um Godzila corporativo. Tempo e experiência foram mentores para tornar-me um profissional.

Hoje, meus medos enraízam na parte mais frágil de qualquer pessoa. Sofrer pelo coração tornou-se um fardo muito maior do que imaginei. Enquanto resolvia meus problemas “políticos” e profissionais, uma nuvem negra cresceu em volta do meu peito. Fez com que magoasse pessoas extraordinárias, que me amavam muito. Uma atitude incompreensível, por vezes, imperdoável. Na tentativa de evitar sofrimento, a dor foi a mesma. Talvez até maior do que esperava. As mesmas palavras ásperas, as mesmas lágrimas, o desespero vivo que fala por nossas bocas sem permissão.

Ainda preciso resolver questões dentro de minha cabeça. Continuo confuso e temeroso. Só me resta pedir perdão àqueles que fiz sofrer, erguer a cabeça como um homem e continuar no caminho.

Leia ouvindo "Pearls", Sade