Olha, quando a gente pensa que já ouviu todo e qualquer tipo de "titiquices", surge mais uma para nos fazer desejar o apocalipse sendo o primeiro a ser destroçado pela ira divina. Neste sábado achei que minha gastrite se rebelaria e tomaria conta do meu estômago.
Depois de uma sexta-feira maravilhosa (em parte, claro), acordei capengo com um de meus irmãos ao telefone. Levantei e fui almoçar. Durante o resto do dia tentei convencer as pessoas que ligavam de que não queria ir para a balada. Impressionante como o ser humano tem o ouvido seletivo! Eu falava a seguinte frase "Cara, não estou afim de ir para a balada, estou muito sem gás pra isso". Os manés entendiam "Cara, estou afim de ir para a balada, estou com muito gás pra isso!". Moleques malditos! Mas eu sei que, na verdade, me amam. (risos)
Depois de passar o dia tentando convencer o povo de que estava realmente quebrado, parti para a casa da Patroinha. Um detalhe importante: ao vestir-me, tive a estranha sensação de que algo errado aconteceria. Saí com isso na cabeça, "Acho que vai acontecer algo com o carro". Na segunda curva do caminho, vejo um Fusca azul escuro vindo no sentido contrário. Como a rua é estreita, encostei educadamente para que subisse a ladeira. Com a aproximação do carro, percebi que chegava mais perto da contramão e, óbvio, do MEU carro. Mal posso descrever a angústia que me tomou naquela hora pré-colisão. A única coisa que consigo lembrar com clareza é "Filho da puta! Vai bater no meu carro!". Uns metros mais pra frente, o esperado "Báh!" e o corriqueiro "Caralho!". Fiquei até sem ação. Estacionei do outro lado e mandei a múmia encostar. Achei estranho ele parar no meio da rua. Abriu a porta, olhou, fechou, abriu de novo, pensou. Uma fila de carros amontoava-se atrás daquele que seria objeto de meu ódio nos próximos dias. Enquanto isso, olhava os danos no meu automóvel. Felizmente, não tinha acontecido nada, só o susto e alguns poucos arranhões no retrovisor. Por esse motivo fiquei tranqüilo no caso de uma fuga. O animal finalmente sobe a ladeira e faz a volta. Pensei que voltaria para conversarmos mas, passou apenas para "dar um alô" e foi embora. "Desgraçado!". Liguei o foda-se e resolvi partir ao encontro da Mulher. Durante a descida, olhei para uma rua e, lá estava o safado! Parado com o "carro" no meio da rua de porta aberta e xingando alguma coisa que agora penso ser eu. Em meu bom senso de justiça, resolvi ir conversar, dizer que não havia acontecido nada com meu carro e que não precisaria preocupar-se. Que piada! Logo depois que termino de dizer minhas palavras de consolo, o ser me solta um "Pô! Aí, você bateu no meu carro! Vai ter que pagar!". !!!!. Corno, maldito, sacripanta, safado, viado, porco, múmia... Foram as únicas coisas que quis dizer naquele momento. Como eu queria que se cortasse na porta e morresse de tétano na minha frente. Educadamente disse "Amigo, eu estava parado, como poderia ter batido em você?". O farrapo humano insistiu na idéia de que meu carro andou magicamente de lado. Enquanto a besta olhava desengonçadamente minha placa, aproveitei para averiguar algum tipo de cheiro de bebida alcoólica. Batata! Um perfeito pudim de cachaça. A partir desse momento disse "Pode deixar, você viu minha placa e eu decorei a sua" e fui embora.
Só para constar, CHT 4207.
Passei todo o caminho pensando em como minha vida é maldita e como o povo é desgraçado. Eu fui ser amistoso e o cara quis me ludibriar?? Tem que ser muito palhaço pra isso!
Chegando na casa da Pequena, fomos encontrar os amigos em um bar. Foi bem divertido depois que pararam com a história da balada. Afinal, alguma coisa precisava salvar o dia.
domingo, setembro 11, 2005
Fusca? Só no ferro velho.
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