quarta-feira, agosto 31, 2005

Lerê-lerê - Parte II.

Deprimente. Essa foi a definição desta quarta-feira porca. Acho que nunca trabalhei tanto e nunca odiei tanto a vida em apenas um dia. Nessas horas que pensamos no propósito que nos fez respirar após o parto. Por que o corno do médico maldito deu um tapa na minha bunda? Se topar com ele na rua vou fazer o estilo “pé na porta e soco na cara”.

Ontem, ao fim da tarde, minha Chefa disse que hoje chegariam toneladas de imagens e que elas precisariam ser tratadas o quanto antes pois a pauta era muito importante. Bom, o que eu poderia dizer? “Ok!”. Até então, isso já havia acontecido e já estava preparado para esse tipo de situação.

O que me irrita mais é que isso sempre acontece na quarta, o dia que eu chego mais tarde por causa do rodízio. Sempre saio por volta das 10h, pego a marginal e em uns 20 minutos chego ao escritório. Dessa vez, acordei, tomei o café e pensei “Vou pegar um trânsito desgraçado só porque preciso chegar rápido”. Batata, tuuuuudo parado. Claro! O Murph (que o Diabo o carregue) está sempre ao meu lado. Consegui, de uma forma oriental secreta, desviar da marginal e pegar o caminho convencional mas, mesmo assim, perdi alguns minutos valiosos.

Chegando à senzala corporativa, ouvi prontamente 3 gritos de minha Chefa falando-me as mesmas coisas que já havia dito no dia anterior. Disse os 3 “Eu sei” e sentei no computador. Mais ou menos umas 320 imagens para tratar e jogar no sistema. Ah, a alegria preencheu meu coração com tamanha felicidade! Coloquei a mão no rosto e repeti várias vezes o desejo de manifestar as 7 pragas do Egito na vida de cada fotógrafo que mandasse uma imagem.

Assim começou o rock’n roll.

Imagem atrás de imagem, clique após clique e um monte de patetas querendo jogar Hexic no MSN enquanto eu me matava de trabalhar.

Que inferno, parecia que estavam me matando aos poucos. Os minutos pareciam dias e o dia parecia um ano inteiro. Quando pensava estar acabando, chegavam mais coisas...e cada vez mais! Ao todo por volta de 3520 cliques. Fora as teclas de atalho e a paciência utilizados à exaustão. Pois é, o dia foi inteiro assim.

Na volta para casa tive que enfrentar os “Mangas do Trânsito”, uma espécie nativa das matas petrificadas de São paulo. Odeio gente que anda a 70Km/h onde deve-se andar a 90. Vamos aprender uma lição, faixa da esquerda é para andar rápido, a da direita devagar. Certo? Se o limite é 90 e você quer andar a 70, o que você faz?

Mas tu é um coxinha, mesmo, hein!

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